segunda-feira, 5 de outubro de 2009

[Blog Oficial] Ah! Uma casa de campo...

Certamente Alberto Caeiro era uma das melhores partes de Fernando Pessoa. O meu favorito porque amo a pureza, porque amo a simplicidade, porque amo o que está cada dia mais escasso. Desejo preservar a melhor parte de mim. Desejo que vocês preservem o que há de mais puro em vocês. Sejam grandes. Atenham-se ao que vem do céu. Quanto `as miudezas? Não sei. Elas inevitavelmente tentarão nos desviar, nos enganando de forma astuta. Entretanto, coisas grandes ocupam tanto espaço que, se formos espertos, as teremos em nosso foco e não iremos nos incomodar tanto.
Que o meu Alberto Caeiro esteja sempre respirando e aceso! Muito aceso!
VII – Da Minha Aldeia

Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo…
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não, do tamanho da minha altura…
Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe 
de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos 
nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.


Te amos.

KK

Nenhum comentário:

Postar um comentário