terça-feira, 21 de julho de 2009

[Crescer] Claudia Leitte fala sobre o prazer da amamentação

Madrinha da Campanha de Aleitamento Materno, a cantora fala, em entrevista exclusiva, sobre a alegria que sente ao amamentar Davi.“O momento que estou amamentando o Davi é a melhor hora do meu dia. Tem vezes que choro porque penso que ele irá crescer e que aquilo não vai mais se repetir”


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Cartaz da campanha do Ministério a Saúde

Em agosto, Claudia Leitte irá aparecer com Davi em filme e fotos para comemorar a Semana Mundial de Amamentação (de 1 a 7 de agosto). A cantora foi convidada pelo Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, para ser Madrinha da Campanha de Aleitamento Materno promovida pelo Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Pediatria. Davi, que completa hoje seis meses (ele nasceu em 20 de janeiro), foi embalado, durante as fotos, por canções de Frank Sinatra que sua mãe cantarolava baixinho. “Gravar o comercial foi muito prazeroso. Eu só precisava ser a mãe de Davi no set. Na hora das fotos, ele se sentiu tão à vontade que mamou e dormiu”, conta Claudia, que concedeu entrevista exclusiva, por e-mail, para a CRESCER.


CRESCER - Você já pensava em amamentar, antes mesmo de ser mãe do Davi?
CL -
Pensava, mas não sabia nada a respeito. Achava que era fácil, que era só posicionar o bebê e pronto. Mas não é. Quando engravidei, ouvi muitas historias sobre a amamentação e preferi ler e me informar com profissionais. Nos últimos dias de gravidez, toda manhã, antes das 10h, eu tomava sol por quinze minutos nas mamas, religiosamente. Estava doida pra dar de mamar a Davi. Eu sabia o que ia fazer e sonhava com aquele momento.

CRESCER - Como define o momento que está aconchegada com seu lindo menino, amamentando-o?
CL -
É sem duvida a melhor hora do meu dia. Tem vezes que choro porque penso que ele irá crescer e aquilo não vai mais se repetir.

CRESCER - O que sentiu quando foi convidada para ser madrinha da Campanha de Aleitamento Materno? Você aparecerá nas fotos amamentando-o?
CL -
Fiquei lisonjeada, mas, francamente, eu já fazia essa campanha para todas as mães que topavam comigo, portanto, foi fácil abraçar a causa. Além disso, gravar o comercial e tirar as fotos foi muito prazeroso. Eu só precisava ser a mãe de Davi no set. Eu dei de mamar de verdade, inclusive marcamos o horário da campanha de acordo com a rotina do meu príncipe. Na hora das fotos, ele se sentiu tão à vontade que mamou e dormiu.

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CRESCER - Pretende dar o leite materno até os 2 anos, como recomenda a campanha?
CL -
Pretendo. Já comecei a conciliar as mamadas com leite industrializado, mas continuo ordenhando e armazenando pra não deixar de produzir. Meus seios diminuíram bastante de tamanho depois que diminuí as mamadas e isso me deixou com medo de não conseguir amamentar por mais tempo, mas a pediatra de Davi, doutora Katiaci, disse que é normal e que bastam os estímulos das glândulas mamárias. Mesmo quando não dá tempo de fazer assepsia pra guardar o leitinho, eu extraio em algum lugar, a fim de prosseguir com o aleitamento.

CRESCER - Logo depois do parto, teve algum receio (comum em muitas mães) de não conseguir amamentar ou de não ter leite suficiente para o seu bebê?
CL -
Acho que eu fiquei receosa quanto às tais fissuras. Muitas amigas me disseram que feriram os mamilos e não conseguiram amamentar, mas, mesmo assim, eu encarei com vontade. Meus seios estavam enormes e eu tinha que fazer ordenha e chacoalhá-los debaixo da ducha, alternando entre a água quente e a fria. Fiz tudo direitinho. Além disso, meu bebê nasceu com um apetite voraz. Ele engordou mais de 1 kg e 700 g no primeiro mês de vida. Não dava tempo de dormir, muito menos de refletir sobre a situação, ou sentir medo. Ele chorava de 2 em 2 horas e eu lhe dava o peito. Era difícil encarar tudo aquilo porque era uma novidade, mas eu fui descobrindo um prazer enorme através da minha persistência e da minha vontade.

CRESCER - Quando voltou a trabalhar, ficou preocupada com o fato de que ele poderia não se acostumar à mamadeira (com leite materno) e aí largar o peito?
CL -
Tenho fotos do primeiro dia em que dei a mamadeira a Davi, só pra fazer um teste. Eu já tinha me preparado para dar-lhe o copinho, conversei com a enfermeira sobre não deixá-lo tomar mamadeira porque tinha medo de ser “rejeitada” (risos). Ele pegou a mamadeira com uma facilidade danada e eu caí no choro. Meu marido registrou esse momento e é emocionante rever essas fotografias. Para minha surpresa, Davi é apaixonado por meu peito. Às vezes chego do show, faço a “desinfecção” – é assim que eu e Marcio chamamos o banho do pós-show – e, mesmo que ele já tenha mamado, eu o coloco na posição “barriga com barriga”, que é a de amamentação: ele agarra meu peito e continua dormindo.

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Semana é comemorada em 120 países

Idealizada pela World Alliance for Breastfeeding Action (Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno – WABA) e apoiada pela Unicef, a Semana Mundial de Amamentação é comemorada desde 1992 em 120 países com o propósito de promover, proteger e apoiar o aleitamento materno. No Brasil, a SMAM foi coordenada pela WABA até 1998. A partir de 1999 vem sendo coordenada pelo Ministério da Saúde e, desde 2006, conta com a parceria da Sociedade Brasileira de Pediatria. Este ano, o slogan da campanha, que será divulgada em todo o Brasil, é: “Amamentação em todos os momentos. Mais saúde, carinho e proteção”. Além de divulgar as vantagens e a importância da amamentação, a campanha deste ano visa estimular o aleitamento materno nas situações de emergência e calamidades, como enchentes, secas e outras catástrofes naturais.


Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI83268-15148,00.html


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