quinta-feira, 14 de maio de 2009

[A tarde on line] Claudia Leitte: “Eu só relaxei quando vi o meu filho curado”


Mesmo tendo vacinado seu filho Davi, de apenas três meses de idade, Claudia Leitte viu seu bebê contrair meningite bacteriana.

Em entrevista a DANILE REBOUÇAS, a cantora relata a experiência, desde a descoberta da doença até o final do tratamento, e conta como tem conciliado a carreira e o papel de mãe. “Os shows são marcados com logística em cima de Davi”, diz.

A TARDE Qual a lição que você tira dessa experiência?

Claudia Leitte | Aprendi que não somos nada, mesmo querendo dar a nossa vida pelo nosso filho. Porque nada do que a gente fizer é suficiente para salvar a pessoa que a gente ama.

AT | O que gostaria de compartilhar com as mães?

CL | Que elas procurem identificar a doença no início e levar logo o filho para o médico. A meningite do tipo bacteriana, que Davi teve, age muito rápido. Não sabemos exatamente qual tipo de bactéria que agiu. Assim como a bactéria da meningite age rápido no corpo, aprendi que ela recua sua ação com o medicamento. Mas, se não for feito o diagnóstico e medicação rápida, ela pode matar. É preciso que as mães fiquem atentas e identifiquem a doença no início. Tem de ficar de olho no filho, se vir uma bolinha na criança, um comportamento mais irritado, moleza, deve levar logo ao médico porque está havendo um surto de meningite, com muitos casos fatais. Quem puder, é bom se vacinar também.

AT | Davi foi vacinado contra a meningite?

CL | Ele tomou todas as vacinas que tinha para tomar, até a de meningite. Não entendi muito o que aconteceu.

AT | Como percebeu a doença em Davi?

CL | Fui dar banho de manhã e percebi que estava com umas manchinhas. Pensei que fosse alguma inflamação simples de contato, só que era diferente. Dei banho nele e depois fui me arrumar para participar da gravação de um programa da Globo. Quando acabei, percebi que havia aumentado. No caminho para o estúdio, notei que ele estava quente. Senti algo esquisito, do Projac, liguei para uma pediatra, que saiu de Niterói e foi para lá atendê-lo. Ele estava muito mole e com febre. Foi tudo rápido.

AT | Você acredita que o contágio se deu no Rio ou em Salvador?

CL | Acho que foi em Salvador. Viajamos para o Rio sábado, e a doença começou a se manifestar na segunda. Acho que alguém pode ter passado algumas horas com ele e ter transmitido a bactéria da rua.

AT | Você passou por quimioprofilaxia?

CL | Sim, eu, Márcio [marido da cantora] e todos que convivem próximos com Davi. Ele não teve sequela nenhuma. Fez o tratamento com antibiótico e corticoide.

AT | Você pretende mudar alguma coisa na rotina de Davi?

CL | Davi sempre fica em casa em São Paulo ou no Rio, ele não vai para o show comigo. Quando viajo para o Nordeste, não levo ele. Os shows são marcados com logística em cima de Davi.

AT | Você em algum momento se sentiu culpada?

CL | No início, sim, apesar de ele não ter contato com ninguém diferente, mas o médico disse que não havia culpa, foi fatalidade.

AT | O médico fez algum tipo de restrição para vocês?

CL | Não. Ele recomendou muita amamentação. Quero agradecer a todo mundo que orou pelo meu filho.


Fonte : http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1145545



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